DE ONDE VEM?

23 jan

De onde vem, de onde vem, de que lugar esta chanson de amor vem assim tão tímida neste dedilhar de um piano que não sabe guardar os menores  segredos? De onde vem, pra onde vai? Esta é uma canção que certamente soube se poupar aos aplausos nulos da vida e que agora esbanja a seu modo este ou aquele sentimento. Mas é uma canção linda e disso ninguém duvida. Fala aos nossos sentidos semi endeusados e agora mais maduros desde que se foi dar uma voltinha em Paris. E o que mais? E precisa de mais? Não, certamente que não. Pois Paris é a estação da harmonia e da beleza, é a alusão a todas as coisas que nos ocorrem quando queremos olhar de frente a felicidade e deglutir a chanson mais lírica e mais insinuante  que vai nos correndo veloz pelas artérias ao ritmo do sangue. Quem consegue se sentir infeliz em Paris? Profusão de cores na pequena esquina onde a florista, simples e até certo ponto tímida  sobraça suas camélias,  seus gerânios? E por que não dizer,  suas felizes flores da primavera mais recente e aqui e ali um jasmim cujo perfume ultrapassa os limites da felicidade humana por ser quase imortal. Pois é daqui, desta esquina quase iluminada que percorre Eros todas as direções pronto que está para disparar suas flechas fatais no que diz respeito ao amor. E daquela união nem Deus duvida. Ainda faz um intervalo na chuva que recrudesce para dar tempo ao tempo. E pois, voilá, encontram-se os amantes e as flores cantam.

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